sábado, 13 de novembro de 2010

PRODUÇÃO DE TEXTOS

A disciplina de Redação que foi incorporada ao curriculo das escolas estaduais do Estado de Mato Grosso do Sul, neste ano de 2010, é um ótimo meio para se difundir a importância da leitura e da escrita.

Durante as aulas, o ideal é que o professor consiga aliar teoria sobre tipologia textual e prática de leitura e escrita. Isso porque sem a prática da leitura fica impossível que aconteça a prática da escrita.

De maneira modesta, é o que se tenta fazer nas aulas de Redação no turno noturno. Como a disciplina acontece uma aula por semana, geralmente trabalha-se a estrutura da tipologia textual em uma aula teórica com exposição das características gerais e leitura de textos clássicos, para então na outra semana trabalhar a produção dos alunos.

Foi assim que surgiram as três produções que seguem, no gênero Memórias Literárias.

Que você tenha uma boa leitura! Aproveite e inspire-se a escrever sobre suas memórias!!!!


Férias Inesquecíveis
Eu me lembro de que sempre nas férias eu passava na fazenda com meus pais. Era tão gostoso, tão calmo! Era um sossego só! Não tinha esse barulho, essa poluição da cidade.
Eu cuidava de todos os bichos: das galinhas, dos carneiros, das vacas. Era tão gostoso sair para procurar os ovos das angolas que elas botavam lá pelo mato.
Lá também tinha uma cachoeira, era linda! Eu ia lá todos os dias.
Tinha também um pomar. Tinha tanta variedade de frutas que dava até pra escolher.
Enfim, era muito bom! Pena que se acabou e deixou saudades!
Aluna: Monalisa Silva Martins
2º ano “B” – Noturno
Disciplina: Redação
Tipologia: Memórias Literárias



Fazenda Ipiranga

Quando se é criança tudo é festa. Me lembro de como era bom viver na fazenda Ipiranga... os animais, o rio e o açude.
Meu pai acordava de madrugada, ia na mangueira tirar leite e ele sempre me levava. Eu adorava ver os boizinhos.
Eu brincava muito com as minhas irmãs e o dia parecia passar tão rápido. Minha mãe fazia doce de leite e deixava-nos raspar a panela – essa era a parte que eu mais gostava do doce!
Esse ano fez trinta anos que meu pai trabalha lá. Ele diz que acha que nada mudou, mas na minha opinião mudou sim, e muito! Principalmente porque não estou mais lá!
Aluna: Eri Kelli L. Valhovera
2º ano “B” – Noturno
Disciplina: Redação
Tipologia: Memórias Literárias



A praça da minha infância

Eu me lembro bem, aos meus seis anos de idade eu e minha família mudamos para uma vila onde havia muitas casas, todas muito bonitas e a vila era cheia de crianças. Mas o que mais me chamou a atenção, e o que estava bem no meio da vila, ao lado da minha casa, era uma praça linda! Cheia de árvores, brinquedos e uma quadra de areia.
Em poucos dias, eu já conhecia todas aquelas crianças, e meus pais também tinham feito amizade com os vizinhos.
Eu ia para a praça todos dias e nas férias escolares passava o dia inteiro lá. Eu e as outras crianças brincávamos de pique-esconde, pega-pega, amarelinha, brincadeiras que já não são mais usadas pelas crianças hoje em dia.
Foi lá, naquela praça, em que eu passei boa parte, e a melhor parte, da minha vida. Pois foi lá, na praça de minha infância, que eu fiz amizades verdadeiras, conheci pessoas especiais, amigos e lembranças que não vou esquecer jamais.
Aluna: Ana Carla
2º ano “B” – Noturno
Disciplina: Redação
Tipologia: Memórias Literárias

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Apresentação na 4ª Mostra de Cultura das Escolas do MS

O vídeo que segue é resultado do projeto de dança desenvolvido na EE Cel Juvêncio pela professora Leydimary.
Os alunos apresentaram a coreografia na 4ª Mostra de Cultura das Escolas Estaduais do Estado de Mato Grosso do Sul.



foi uma experiência muito interessatne para os alunos e para professora.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Produção Textual de Aluna com DA

Texto feito na minha disciplina de Redação durante as oficinas realizadas em preparação para a Olimpíada de Língua Portuguesa - Escrevendo o Futuro 2010, na escola Cel. Juvêncio.

"Para as Autoridades Estaduais, Federais e Municipais
Senhores governantes,
vou escrever algumas linhas sobre o descaso das pessoas deficientes DA e outras passam. Para começar é na escola o descaso para com eles, o ensino é péssimo. Na sociedade nem se fala, pro trabalho pior. Senhores governantes, mais uma vez vocês querem ganhar para governar o país mas nem sequer olham para o povo deficiente que precisa de atenção e não esmola. Eles precisam de estudo digno de trabalho para sobreviver dignamente.
Vocês precisam ajudar a cumprir a lei. Colocando intérpretes em todas as escolas onde tem surdos, é muito pouco o que ele pedem.
Este ano, vocês estão novamente pedindo voto para eleição e mais uma vez mentindo como sempre prometem mas não fazem nada pelos deficientes. E é assim que vocês querem melhorar o Brasil??? Pensem nisso, de gente incompetente o país já está cansado." (sic)

Aluna: Jackeline Dilkin Pires, 27 anos, 2º Ano do Ensino Médio turma "B", noturno. Texto transcrito pela mãe da aluna.

A proposta era produzir um artigo de opinião para a Olimpíada de Língua Portuguesa, na qual a escola e eu estamos inscritas, no entanto, a aluna conseguiu produzir este desabafo que merece atenção. Não deu pra enviá-lo, mas serve para nos conscientizarmos um pouco sobre essa parcela de nossos alunos que merecem, como todos os outros, vez e voz. É o que faço nesse momento.

Professora Nádia Scheeren, disciplina Redação

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Poema que exprime um pouco do que sou...

METADE
(Oswaldo Montenegro)
Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que triste
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Por que metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
Mas a outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é a platéia
A outra metade é a canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.