11TCC2013Lc7,36
A casa de Simão era
a casa onde se reuniam os justos.
Os justos consideravam
marginalizados aqueles que na vida cometeram erros. Portanto a casa de Simão não
está em sintonia com o pensamento de Jesus. Mesmo assim Jesus foi convidado para
o banquete dos justos. A porta da casa permanecia aberta para quem quisesse dar uma
espiadinha, mas deviam sempre ser pessoas puras, justas. Naquela casa só tinha
pessoas puras observantes da lei. Uma mulher pecadora aproveitou da porta
aberta para entrar e foi à sala do banquete onde estava Jesus. Desta mulher Jesus tinha expulsado 7 demônios. Isto
significa que a tinha curado de uma grave doença ou de um grande pecado.
O que uma
prostituta vai fazer nesta casa com um vaso de perfume?
Sempre
se pensou que fosse para pedir perdão a Jesus, mas não tem sentido carregar um
vaso de perfume. Esta mulher já tinha sido perdoada por Jesus e por isso ela
agora carrega um vaso de perfume para fazer festa e manifestar sua alegria pela
cura.
Chorava
e com as lagrimas lavava seus pés e os enxugava com os seus cabelos. Tudo
indica que ela já conhecia o mestre. Todos os justos da sala ficam
escandalizados pelos gestos da mulher e perdem a estima por Jesus. A mulher
percebe que Jesus não pensa como os outros justos e que Jesus não a condenava,
mas a amava.
Ela
finalmente tinha achado alguém capaz de entender a sua história, alguém que
acreditava no seu passado, que foi uma experiência de dor e de humilhação.
Finalmente se sentiu amada por alguém. Jesus tinha-lhe dado a alegria e a
confiança na vida. Jesus foi o único que a olhou não para aproveitar-se ou abusá-la.
Ela entendeu que não era uma derrotada nem uma falida, pelo fato de ter sido
pecadora, porque não deixava de ser uma filha de Deus. Mas os justos que aí
estavam começaram a desconfiar de Jesus. Não podia ser um profeta nem um
mestre.
"Se ele fosse
profeta saberia "de onde" é a mulher que o toca".
O
contacto com uma mulher como esta tornava impuras as pessoas "justas". Para um Fariseu era como tocar um
cadáver. Jesus deixou fazer. Aí Simão pensou que Jesus
não seria mestre nem profeta porque não sabia quem era a mulher que o tocava.
Para Jesus essas pessoas devem ser mais amadas. O Fariseu condena e marginaliza
a mulher que pecou e junto com ela também a Jesus. Jesus compreende e perdoa
mais a quem ama mais.
O problema não é "quem" tem menos pecados, mas
"quem" tem mais amor.
O pecado não exclui do reino de Deus, porque os pecadores serão
salvos pela misericórdia, se se
arrependerem e converterem.
Há um Simão dentro
de nós:
É
um Simão que não quer ter nada a que ver com quem errou e acha que pensa como
Deus. Pensa que Deus deve recompensá-lo pelos méritos que adquiriu por ser
justo.
Pe. Bruno Brugnolaro
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