sábado, 15 de junho de 2013

A quem mais ama, mais é perdoado.

11TCC2013Lc7,36

            A casa de Simão era a casa onde se reuniam os justos.
Os justos consideravam marginalizados aqueles que na vida cometeram erros. Portanto a casa de Simão não está em sintonia com o pensamento de Jesus. Mesmo assim Jesus foi convidado para o banquete dos justos. A porta da casa permanecia aberta para quem quisesse dar uma espiadinha, mas deviam sempre ser pessoas puras, justas. Naquela casa só tinha pessoas puras observantes da lei. Uma mulher pecadora aproveitou da porta aberta para entrar e foi à sala do banquete onde estava Jesus. Desta mulher Jesus tinha expulsado 7 demônios. Isto significa que a tinha curado de uma grave doença ou de um grande pecado.

            O que uma prostituta vai fazer nesta casa com um vaso de perfume?
Sempre se pensou que fosse para pedir perdão a Jesus, mas não tem sentido carregar um vaso de perfume. Esta mulher já tinha sido perdoada por Jesus e por isso ela agora carrega um vaso de perfume para fazer festa e manifestar sua alegria pela cura.
Chorava e com as lagrimas lavava seus pés e os enxugava com os seus cabelos. Tudo indica que ela já conhecia o mestre. Todos os justos da sala ficam escandalizados pelos gestos da mulher e perdem a estima por Jesus. A mulher percebe que Jesus não pensa como os outros justos e que Jesus não a condenava, mas a amava.
Ela finalmente tinha achado alguém capaz de entender a sua história, alguém que acreditava no seu passado, que foi uma experiência de dor e de humilhação. Finalmente se sentiu amada por alguém. Jesus tinha-lhe dado a alegria e a confiança na vida. Jesus foi o único que a olhou não para aproveitar-se ou abusá-la. Ela entendeu que não era uma derrotada nem uma falida, pelo fato de ter sido pecadora, porque não deixava de ser uma filha de Deus. Mas os justos que aí estavam começaram a desconfiar de Jesus. Não podia ser um profeta nem um mestre.
            "Se ele fosse profeta saberia "de onde" é a mulher que o toca".
O contacto com uma mulher como esta tornava impuras as pessoas "justas". Para um Fariseu era como tocar um cadáver. Jesus deixou fazer. Aí Simão pensou que Jesus não seria mestre nem profeta porque não sabia quem era a mulher que o tocava. Para Jesus essas pessoas devem ser mais amadas. O Fariseu condena e marginaliza a mulher que pecou e junto com ela também a Jesus. Jesus compreende e perdoa mais a quem ama mais.
O problema não é "quem" tem menos pecados, mas "quem" tem mais amor.
O pecado não exclui do reino de Deus, porque os pecadores serão salvos  pela misericórdia, se se arrependerem e converterem.
            Há um Simão dentro de nós:

É um Simão que não quer ter nada a que ver com quem errou e acha que pensa como Deus. Pensa que Deus deve recompensá-lo pelos méritos que adquiriu por ser justo.

Pe. Bruno Brugnolaro 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Bem-vindo ao espaço de comentários do Blog.
Seu comentário será redirecionado à moderação, e depois será publicado.
Muito obrigada por comentar a postagem.