2QuaA2014Mt17,1-9
A experiência da montanha
"Seis dias
depois..."
> da profissão de fé de Pedro em Cesaréia de Filipe onde
disse: Tu és o Cristo, o Filho de Deus. > do anúncio aos discípulos da morte de Jesus em Jerusalém.
> da reação de Pedro: "O Senhor não deve morrer por
isso".
> da resposta
de Jesus a Pedro: "Você é um
Satanás. Você não pensa com o critério de Deus".
Os critérios deste mundo são esses: Quem doa a vida é
um derrotado, um falido enquanto
quem domina e vence é uma pessoa de sucesso.
Seis
dias depois aquele que parecia um derrotado aos olhos dos homens, porque ia doar a vida por eles, tomou
consigo Pedro,
Tiago e João e subiu a uma alta
montanha para rezar com eles e lá ele foi por Deus Transfigurado. O Tabor não é
uma montanha alta, mas por ser montanha representa o lugar do encontro com
Deus. É o lugar onde nos destacamos da maneira de pensar dos
homens, para pensar como Deus pensa.
Se quisermos fazer esta experiência devemos também seguir Jesus, destacar-nos
do modo de pensar dos homens.
Papel da oração: separar
uns momentos de nossa vida para encontrar e estar com Deus. Agitados pelos
problemas da vida, pelo stress, não se tem mais tempo para rezar.
Os discípulos vêem Jesus como uma pessoa
transfigurada, bem sucedida e não um derrotado, um falido.
A hora da luz e a hora das trevas
Os discípulos que acompanharam Jesus ao monte
Tabor na hora da luz são os mesmos três que o
acompanharam no Getzemani na hora das trevas. Na
hora da Luz e na hora das trevas Jesus está em oração, porque rezar é
escutar a palavra de Deus e o Deus da palavra. Se não escutarmos,
arriscaremos ouvir somente a nossa própria palavra e, tomar as decisões de
acordo com os nossos critérios.
Quando
estivermos mergulhados na noite, na hora difícil será o momento de dizer com
Jesus: «Meu Deus, meu Deus porque me abandonastes... Mas falar isso com Jesus
significa partilhar com ele o silêncio, o abandono, a ausência de Deus. Antes
de subir o Monte Calvário, Jesus subiu ao monte Tabor e foi transfigurado
frente aos discípulos, a fim de que eles vendo a sua luz não se escandalizassem
na hora das trevas do monte Calvário, o monte onde a glória se manifestou
através das Trevas da Paixão e da morte.
No caminho da fé há o revezar-se dos momentos de luz e de
trevas.
O Tabor é um
momento passageiro, mas importante que experimentamos todos os dias, porém a
estrada a ser percorrida é ainda aquela da cruz. Jesus a caminho da cruz é a última palavra de Deus o último dos
Profetas e daí a ordem: "Escutem-no".
Por
isso a atitude do discípulo é a escuta. Quando acabou aquele momento intenso de
luz e de glória, tudo voltou ao normal, e viram somente Jesus dizendo: "vamos descer...", voltar ao cotidiano, à vida de cada dia.
Pe. Bruno Brugnolaro - Paróquia Santo Antônio - Jardim - MS
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