sábado, 27 de julho de 2013

a oração

17TCC2013
A última imagem de Maria nos Atos dos Apóstolos
é Ela rezando na e com a comunidade
            Saber rezar. Se nossa oração for:
> informar Deus sobre as nossas necessidades, ou
> pressionar Deus para que troque a sua vontade em favor da nossa, ou
> delegar a Deus a responsabilidade dos problemas: fome, guerras, falta da paz, drogas e colocá-los nas suas mãos  para Ele resolver,
                                         nós não sabemos rezar.
Se tenho que contribuir na solução dos problemas, a que serve a oração?
Uns dizem: é preciso rezar... Hoje não se reza mais as fórmulas bonitas de crianças.
As orações de crianças são bonitas, mas limitar-se aquelas orações é não crescer na espiritualidade. A oração deve também crescer, tornar-se adulta. Por isso um dos discípulos, que já sabia rezar, disse a Jesus depois de vê-lo em oração: ensina-nos a rezar.

            Ensina-nos a rezar.
A oração é escuta, é diálogo, respiro profundo em Deus.
Jesus dialogava muito com o Pai e os discípulos pediram para rezar como Ele.
Tinham percebido que a oração
> o transformava em sua relação com às pessoas
> e era o espelho da espiritualidade. Jesus disse: quando rezam digam: "Pai nosso". 
O Pai nosso não é uma nova oração ou nova fórmula para se repetir muitas vezes, mas
- Era a síntese daquilo que Jesus ensinava e rezava..
- Era  o credo, o ato de fé de Jesus.
- Era a nova imagem de um Deus que é Pai, não de um Deus justiceiro, sempre pronto a castigar. Quando rezamos, falamos com o mesmo Deus de Jesus, chamando-o de Pai não tanto porque nos criou, mas porque nos sentimos filhos, temos o seu rosto.
Filho significa aquele no qual o Pai reconhece a continuidade de sua vida, de sua pessoa.

            Oração deve ser insistente
Quando rezamos do jeito que Jesus rezava, seremos dispostos a obedecer e fazer a vontade do Pai, não uma obediência por medo, mas por amor.
Ser insistente na oração não significa querer mudar a vontade de Deus, mas entrar em sintonia com Ele.
            O que receberá aquele que reza com insistência?
Se vocês que são gente ruim dão coisas boas a seus filhos, tanto mais o vosso Pai lhes dará o Espírito Santo, a sua vida, o seu amor aos que insistirem. O Espírito recriará em nós a imagem e semelhança do Pai.


O Pai quer nos doar o seu Espírito porque nós temos em nós o espírito do mundo do qual precisamos nos libertar.

Pe. Bruno Brugnolaro

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Em Betânia: Marta, Maria e Jesus.

16ºTCC2013
            Maria escolheu a parte boa.
Quando Jesus ia para Jerusalém passava por Betânia e lá descansava em casa de três irmãos: Lázaro, Marta e Maria. As duas irmãs disputavam o melhor modo de acolher Jesus. Marta cuidava da comida, Maria ficava aos pés de Jesus escutando a Palavra: como uma discípula. Só Jesus acolhia mulheres como discípulas. De repente Marta agitada pede para Jesus que solicitasse Maria a ajudá-la no serviço. Jesus disse: Marta, Marta, você está muito agitada para ter sucesso no teu trabalho. Maria escolheu a parte boa que não lhe será tirada.
É o grande problema do homem moderno: esquecer a parte boa, a meditação, a oração antes de qualquer escolha. Marta acolheu muito bem Jesus, mas a acolhida que Jesus espera é antes de tudo a da sua Palavra e depois as escolhas serão feitas de acordo com os valores.

            Como Marta acolhe Jesus.
é a primeira a correr ao encontro dele e recebê-lo em casa e logo em seguida larga Jesus na sala para preocupar-se com a comida. Marta faz coisas bonitas e tem sucesso como tantas pessoas dos nossos tempos, mas não escutam a palavra de Jesus. Muitos enchem o dia de mil atividades. Não tem tempo para pensar, para refletir. Chegam cansados de noite sem ter tido durante o dia um momento de silêncio para pensar sobre o que estão fazendo.
Muitos pais organizam a própria vida e a dos filhos de tal forma que não sobra um tempo nem para si, nem para os filhos... São pessoas boas... Também Marta é boa, acolheu Jesus. Mas falta alguma coisa nesta vida estressante. Estas pessoas como Marta, não tem tempo para respirar: que relação podem ter com a família, com os amigos?...

            Porque hoje andamos tão agitados?
Não tem tempo para parar e saborear a vida, para encontrar as pessoas. Não é o trabalho que afasta de Deus, mas a alienação que é:
> o perder a cabeça pelo trabalho, pelo dinheiro
> descuidar do essencial na vida que é eterno.
Marta representa os envolvidos na sobrevivência: ter, comer e divertir-se. O homem não precisa só do pão material, , mas também do divino.
                Belíssima imagem em Ap. 10,1-12
Um enorme anjo que tem a cabeça no céu, uma perna no mar e a outra sobre a terra. Este anjo é o Filho do homem, isto é o homem autêntico, Jesus. Vive tendo os pés neste mundo e a cabeça em Deus.
Um homem sem pés na terra não é autêntico.
Um homem que só tem os pés na terra também não é autêntico.
Um homem sem cabeça no céu não é autêntico,
Um homem que só tem a cabeça no céu também não é autêntico.
Para ser autêntico precisa ter pés no chão e cabeça em Deus.

Vida humana e vida divina. Ação e oração.

sábado, 13 de julho de 2013

Jesus é o bom samaritano

a parábola que nos faz entrar em crise       15TCC2013 Lc.10,25-37

            - Pergunta de um escriba: quem é o meu próximo?.
            - Resposta de Jesus: é aquele que se faz próximo de quem precisa.
Os hebreus diziam que "próximo" era alguém da mesma religião ou morava na terra de Israel.
Os inimigos não eram o próximo. Jesus esclarece que o próximo pode ser um desconhecido ferido ao longo da estrada. Não diz se é hebreu, pagão ou crente.
 A pergunta não seria: "Quem é o meu próximo, mas: a quem me fiz próximo".
           
            A parábola do Samaritano diz :

> Que dois homens religiosos vinham de Jerusalém. Eram observantes da Lei e sabiam que por qualquer contacto com sangue ou cadáver tornavam-se impuros. Por isso foram adiante. Vinham do templo, do lugar da oração e deveriam ter assimilado os sentimentos de Deus: a compaixão. A Deus não interessam os ritos, o incenso e as ofertas as nossas liturgias (Isaias) se não assimilarmos os sentimentos de Deus frente ao próximo.

> Que um samaritano, um sem fé, toma conta do homem caído.
            Estava fazendo uma viagem de negócios e vendo o homem ferido ao longo da estrada, comovido aproximou-se. Não precisou que o outro pedisse socorro. Ele o viu antes de ser solicitado. Isto não significa que devemos tomar conta de todos os problemas que encontramos no dia a dia, mas também que não podemos dizer que não fazemos nada  por não podermos nos ocupar de tudo.
O Samaritano atende ao necessitado não porque impulsionado por motivos religiosos, tipo aumentar seus méritos no céu ajudando um pobre coitado na terra, mas por compaixão.
O Samaritano é movido por um sentimento que não é exclusivo de quem tem fé, mas pode ser de qualquer pessoa e é um sentir que nos coloca em sintonia com Deus.

            O Samaritano é Jesus que toma conta da humanidade decaída.
Os ladrões que assaltam a humanidade são as maldades, drogas, corrupção, imoralidade que desumanizam a vida humana. Jesus aproxima-se dos caídos, dos pecadores e os cura. Não pergunta se o ferido é bom ou ruim. Depois o leva ao albergue, (a Igreja) lugar onde tem aquele que acolhe todos.
Ninguém é excluído desta hospedaria.
            Na estrada de Jerusalém a Jericó, tinham algumas pousadas para caravanas, e no lugar de uma delas na idade média havia uma inscrição:
"Se até os sacerdotes e os homens de Igreja passaram além, saiba que Cristo é o bom Samaritano, que terá sempre compaixão de ti, e na hora da tua morte te introduzirá na pousada eterna, não importa quem você seja."

Pe. Bruno proferindo a homilia em 7/7/13
            Cristo é o bom samaritano que cuida da humanidade e se oferece para pagar tudo para que ninguém fique fora da casa do Pai.

Reflexão de Pe. Bruno Brugnolaro, Paróquia Santo Antonio, Jardim (MS)

Mensagem do dia no perfil da Irmã Ana Paula Rocha

Palavra do Dia: Cuidar das relações.

Meditando: Nestes anos de missão tenho acompanhado muitos casais com problemas no relacionamento e nestes últimos tempos, estes casos vem crescendo. Isto também não é diferente na vida religiosa consagrada,mesmo que seja outra forma de relacionamento, tenho aprendido: as relações que não cuidamos terá uma probabilidade ao esquecimento, isolamento e ao rompimento.
Portanto, recebi esta lição de vida nesta manhã espero que seja útil para nós:
Naquela noite,enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.

De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.

Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Porquê?" Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.
Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e volteia dormir.

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para preparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio", disse Jane em tom de gozação.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito,eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha
envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela.
Por uns segundos,cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior como corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo.
Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas.Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras:"Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".

Eu não consegui dirigir para o trabalho... fui até o meu novo futuro endereço,saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia... Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe Jane. Eu não quero mais me divorciar".

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe,Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.

A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama, morta.
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!

Se você não dividir isso com alguém, nada vai te acontecer.

Mas se escolher compartilhar para alguém, talvez salve um casamento. Muitos fracassados na vida são pessoas que não perceberam que estavam tão perto do sucesso e preferiram desistir.

Valorize quem realmente te ama ... Pense nisso.

Créditos: Carlos Azevedo

domingo, 30 de junho de 2013

Jesus é o Caminho

13ºTCC2013 Lc 9,51-62
            Jesus a caminho de Jerusalém.
Depois que Jesus revelou sua identidade de Messias e depois que disse :se alguém quiser, vir após mim tome sua cruz e siga-me, iniciou seu caminho para Jerusalém. Logo no início surgiu um problema com os Samaritanos que não queriam deixá-lo passar pela Samaria porque estava indo para Jerusalém. Os Samaritanos queriam que todo mundo adorasse o ídolo deles que estava no templo construído sobre o monte Karizim. Frente à atitude dos Samaritanos João e Tiago pediram para Jesus se queria que invocassem o fogo do céu para destruir aqueles hereges. Pensavam como Elias o qual também tinha invocado o fogo do céu. Os Samaritanos eram os inimigos da palavra e da evangelização e portanto deviam ser castigados. Lucas com este episódio está dizendo que sempre teremos pessoas opondo-se ao Caminho de Jesus.
           
            Os cristãos frente aos "Samaritanos" de hoje?"
A reação de Tiago e de João indica o que não devemos fazer. Os discípulos queriam usar os métodos da força para acabar com quem não pensa como Jesus. Jesus os repreendeu. O discípulo não é autorizado a fazer guerra contra os infiéis ou a queimar as bruxas porque não pensam da mesma forma que a Igreja ensina. Este fanatismo era muito presente no AT. Para Jesus o único fogo que devemos pedir do céu é aquele do Espírito Santo, isto é a bênção, não as maldição. Cristãos intolerantes existem também hoje entre nós. Jesus prega o respeito frente aos que fazem escolhas diferentes.

            No caminho três vocações.
 A 1ª é a de um jovem disposto a seguir Jesus. Desiste frente à pobreza.
 A 2ª é de um jovem convidado a seguir Jesus. Recusou o convite por causa da lei que o obrigava a cuidar do pai até à morte. Jesus o dispensou desta Lei e o enviou a anunciar o Reino de Deus que está acima de todas as Leis.
A 3ª é de um jovem que lhe disse: eu te seguirei, mas deixa primeiro me despedir dos parentes. Quando Elias chamou Eliseu para ser discípulo, este pediu um tempo para se despedir dos parentes e amigos. Eliseu deixou. Jesus não deixou.

A 4ª vocação é aquela de ser cristão. Dizemos que somos cristãos, mas na realidade seguimos umas práticas religiosas e continuamos comportar-nos como todo mundo, deixando para mais tarde o seu convite dizendo: "agora estou muito ocupado, mas quando me aposentar frequentarei a Igreja. Jesus não quer hesitações, mas "pegar ou largar". Não quer gente que pegue e depois largue como o povo de Israel a caminho da terra prometida sentiu saudade dos ídolos e das cebolas do Egito que tinha deixado para trás. Jesus não estranha que tenha quem o recusa ou rejeita.

Por Pe. Bruno Brugnolaro, Paróquia Sto Antônio, Jardim (MS)

domingo, 23 de junho de 2013

Quem sou "Eu" na tua vida?


12TCC2013
            O que pensa o povo de mim?
Jesus, depois de enviar os discípulos a pregar o Evangelho, os reúne e pergunta: O que o povo pensa de mim? Responderam: O povo pensa que você é Elias ou João Batista, ou um profeta.
1. > Elias era um profeta impulsivo. Num momento de intolerância mandou matar 450 profetas de Baal para defender Deus à espada. Elias pensava que Deus fosse como o trovão, mas  manifestou-se como uma brisa suave.
2 > João Batista era um homem austero que caminhava à frente de Deus com o Espírito e a potência de Elias. Apresentou um Deus justo, mas severo, pronto a julgar. O machado já está à  raiz da árvore. O grão seria separado da palha e esta queimada.
3 > O povo identificando Jesus com o Elias ou  o João Batista, coloca-o na linha dos profetas reformadores e não entende a novidade do seu reino.

            Por que tanta pregação e pouca evangelização?
Os Apóstolos pregaram uma imagem de Jesus parecido com Elias e com João Batista. Pedro parece acertar mais quando disse: Tu és o Messias, filho de Deus. 
Mas que Messias era o de Pedro? Um Messias grande, dominador, vencedor. Jesus é exatamente o contrário. Ele se apresenta como o filho do homem, o homem autêntico, em contraste com os outros homens que eram feras. Jesus é um Messias que deve sofrer e morrer porque confrontando-se com as feras será morto. Jesus precisou conversar com os discípulos para transmitir a imagem do verdadeiro Messias. Pedro, numa conversa, foi até chamado de Satanás....

            Falta de "Direção espiritual".
            Por que tem tantas imagens de Cristo?
Tem o Jesus que expulsa demônios, o Jesus que protege dos perigos, o Jesus milagreiro, o Jesus super-Star, Jesus revolucionário, Jesus Pop,
o Jesus brega e até o Jesus Rei, o vencedor. Tudo isso por causa de pregações que não transmitem o conteúdo central do Evangelho.
            Para passarmos do Cristo da escuta para o Cristo da vida, precisamos de alguém que tenha experiência da vida com Cristo.
Este alguém é o Diretor Espiritual.
Na vida cristã têm testemunhas, as que fazem a experiência de Jesus e podem ensinar aos outros. Além do mais a vida cristã é uma vida em comunidade, junto com os outros, não solitária.
Cada adolescente, cada jovem ou adulto, deveria ter o seu Diretor Espiritual para adquirir a experiência da vida com Jesus, trocar idéias, tirar dúvidas sobre Jesus. Sozinhos, podemos tentar, mas nunca teremos a segurança de quem tem do seu lado um guia cheio de luz, sabedoria e experiência para evitar de reduzir a religião a uma simples moral ou devoção.

Pe. Bruno Brugnolaro, Paróquia Sto. Antonio, Jardim (MS)

sábado, 15 de junho de 2013

A quem mais ama, mais é perdoado.

11TCC2013Lc7,36

            A casa de Simão era a casa onde se reuniam os justos.
Os justos consideravam marginalizados aqueles que na vida cometeram erros. Portanto a casa de Simão não está em sintonia com o pensamento de Jesus. Mesmo assim Jesus foi convidado para o banquete dos justos. A porta da casa permanecia aberta para quem quisesse dar uma espiadinha, mas deviam sempre ser pessoas puras, justas. Naquela casa só tinha pessoas puras observantes da lei. Uma mulher pecadora aproveitou da porta aberta para entrar e foi à sala do banquete onde estava Jesus. Desta mulher Jesus tinha expulsado 7 demônios. Isto significa que a tinha curado de uma grave doença ou de um grande pecado.

            O que uma prostituta vai fazer nesta casa com um vaso de perfume?
Sempre se pensou que fosse para pedir perdão a Jesus, mas não tem sentido carregar um vaso de perfume. Esta mulher já tinha sido perdoada por Jesus e por isso ela agora carrega um vaso de perfume para fazer festa e manifestar sua alegria pela cura.
Chorava e com as lagrimas lavava seus pés e os enxugava com os seus cabelos. Tudo indica que ela já conhecia o mestre. Todos os justos da sala ficam escandalizados pelos gestos da mulher e perdem a estima por Jesus. A mulher percebe que Jesus não pensa como os outros justos e que Jesus não a condenava, mas a amava.
Ela finalmente tinha achado alguém capaz de entender a sua história, alguém que acreditava no seu passado, que foi uma experiência de dor e de humilhação. Finalmente se sentiu amada por alguém. Jesus tinha-lhe dado a alegria e a confiança na vida. Jesus foi o único que a olhou não para aproveitar-se ou abusá-la. Ela entendeu que não era uma derrotada nem uma falida, pelo fato de ter sido pecadora, porque não deixava de ser uma filha de Deus. Mas os justos que aí estavam começaram a desconfiar de Jesus. Não podia ser um profeta nem um mestre.
            "Se ele fosse profeta saberia "de onde" é a mulher que o toca".
O contacto com uma mulher como esta tornava impuras as pessoas "justas". Para um Fariseu era como tocar um cadáver. Jesus deixou fazer. Aí Simão pensou que Jesus não seria mestre nem profeta porque não sabia quem era a mulher que o tocava. Para Jesus essas pessoas devem ser mais amadas. O Fariseu condena e marginaliza a mulher que pecou e junto com ela também a Jesus. Jesus compreende e perdoa mais a quem ama mais.
O problema não é "quem" tem menos pecados, mas "quem" tem mais amor.
O pecado não exclui do reino de Deus, porque os pecadores serão salvos  pela misericórdia, se se arrependerem e converterem.
            Há um Simão dentro de nós:

É um Simão que não quer ter nada a que ver com quem errou e acha que pensa como Deus. Pensa que Deus deve recompensá-lo pelos méritos que adquiriu por ser justo.

Pe. Bruno Brugnolaro